Lyrics
Sai já de casa
De asas, vem olhar
Tanto mistério
Que a gente apaga, apagará
Vem sambar
Sambar, eu digo
É forma de lembrar
Sustos, mistérios
Que a gente guarda, guardará
Eu sei lá
Ontem, por exemplo
Eu mesmo vi
Na rua principal
Do Cambuci
Tinha um terno velho, um Adonirã
Cantava que
Morava em Jaçanã
Olhou pro alto
Grudou no asfalto
Dormiu
Quanto do velho
Na mente vai ficar?
Quanto do terno
Do canto e do seu olhar?
Jaçanã
Sambar, eu digo
É forma de levar
Comigo o velho,
Um índio e o seu cocar
Eu sei lá
Quantos somos, quantos tombos
É?
Ontem na estação
Tatuapé
Tinha um louco rouco
Um irmão lelé
Cara, diz onde é
Que fica a Sé?
Pediu um osso
Tocou meu rosto
Dormiu
Nuno Alvares Pessoa De Almeida Ramos, Rodrigo Augusto De Campos
Tratore